Oi gente, mas Oi Mesmo! Tudo bem? Domingo é dia dos pais e resolvi escrever um post para valoriza-los. Ter um pai é uma dádiva. A gente se sente protegido, amparado e amado. Sua figura marcante é a responsável pela as nossas melhores lembranças. Àquelas boas histórias, recheadas de risadas.
Meu pai sempre foi meio travesso. Ele brincava de luta comigo e com as minhas irmãs, nós sofríamos e ríamos, ao mesmo tempo, daquela guerra de chutes e golpes. Na cozinha, o seu melhor prato era costelada, até hoje não tem como tomar um caldo e não lembrar dele. E as broncas… Meu Deus! Meu pai nunca me bateu de verdade, mas, às poucas vezes que me chamou atenção, fez o meu rosto queimar de vergonha.
Porém, a maior lembrança que eu tenho do Dr. Gilmar Alves é na música. Sempre que o tempo sobrava, ele sentava no sofá da sala com o seu violão. As filhas aproveitava para fugir das obrigações e se sentavam ao seu lado. Ele não importava com a escapulida, apesar da minha mãe ficar zangada, incentiva a cantoria. Cantávamos na maior alegria, porque tínhamos fugido das vasilhas e aproveitávamos a sua presença. Era uma farra boa viu.
Tempos remotos
O repertório eram as músicas que estavam nas revistas cifradas que ele comprava, além de umas apostilas de xérox. Geralmente do Leandro e Leonardo; Chitãozinho e Xororó; Rionegro e Solimões. Eu e as minhas irmãs brigávamos, escolhendo as músicas que ele ia tocar. Disputávamos sua atenção, se ele atendesse o pedido de uma e deixava o da outra de lado, já era motivo para emburrar.
Mas essa ciumeira logo passava, pois queríamos era nos divertir. Morríamos de rir quando cantávamos “Galopeira”, gritávamos tanto, até ninguém suportar a ouvir a própria voz. Meu pai ficava até vermelho. Porém, havia outros momentos em que o ar sombrio tomava conta, cantávamos músicas de reflexão como “Caminhando e Cantando” que nos levava a ruminar sobre a ditadura.
Encerrávamos à noite, com “Chico Mineiro” do Tonico e Tinoco. Meu pai sofria ao cantarolar essa moda, pois compartilhava da dor da letra. Eu não gostava da música, é que naquela época eu era menina, e não sabia das dores que o mundo causava. Questionava silenciosamente, que composição miserável. Desse jeito terminávamos à noite, gratas pelas notas que o violão produzia e pelo pai que tínhamos.
Atualmente
Hoje são poucas às vezes que nos encontramos para ouvirmos as modas do meu pai. Cada um foi para o seu canto, com filhos, casamento, trabalho, etc. Mas, não há como esquecer das músicas que ele tocava e que tocavam o nosso coração. Mesmo as que ele não interpretava, reforçam nosso relacionamento.
Não sei você, mas não consigo ouvir a música “Pai” do Fábio Jr. sem não ter vontade de chorar. É que meu pai também é “Meu herói, Meu bandido”. Ou “Onze Vidas” do Lucas Lucco e querer correr para ele e entregar-lhe as onze vidas, ainda que eu tenha só uma. Pai eu cantava, entretanto não compreendia, o que o Renato Russo dizia. Agora, eu já sei! Portanto, me perdoa, “por culpar você por tudo, realmente isso é um absurdo”. Você é uma criança e eu me tornei igual a você.
Então esse é o meu post dos Dias do Pais, confesso que deu Trabalho, mas foi feito com carinho. E me conta qual música te lembra o seu pai?
Até o próximo texto.
Beijos e obrigada por acompanharem o Blog.
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Muy lindas tus palabras. La musica acaricia el alma. Con mi padre escuchabamos the cure. Saludos desde uruguay. Muy lindo tu blog felicidades
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¡Muchas gracias por las palabras, un abrazo!
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Father and son do Cat Stevens e um clássico que marcou muito minha relação com meu pai. Por vezes triste por vezes amorosa. Tema muito bacana
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Não conheço, mas vou ouvir, obrigada pelo comentário😉
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Eu que agradeço. Depois podemos tentar conversar.
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Para o que esta fazendo para escutar e se prepare para chorar
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Impressionante a música, seu pai tinha um excelente bom gosto!
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Obrigado. Eu gosto bastante dos seus post sobre comportamento. A parte da estética eu fico sem parâmetro mas é muito legal. Obrigado pelo elogio quanto a música.
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Tangos com Carlos Gardel, o meu pai simplesmente era apaixonado por seus tangos e milongas. Três já dá sua partida. Mas, està sempre presente. Muito sensível o seu post. O meu abraço.
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Filha apesar de ficar com uma pontinha de ciúmes não tem como não me emocionar com seu depoimento. Fico feliz pois proporcionamos a você e suas irmãs uma infância recheada de boas recordações . Parabéns pelo post lindo de viver❤
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No Rancho Fundo com Chitãozinho e Xororó trás à memória as férias na fazenda. O fim de tarde é o som do rádio embalava o bate papo sobre diversos assuntos. O preferido era os “causos” de pescaria e das caçadas. Ahhh saudade daquele tempo.
Parabéns pelo ótimo texto.
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