lucas luco dia dos paisOi gente, mas Oi Mesmo! Tudo bem? Domingo é dia dos pais e resolvi escrever um post para valoriza-los. Ter um pai é uma dádiva. A gente se sente protegido, amparado e amado. Sua figura marcante é a responsável pela as nossas melhores lembranças. Àquelas boas histórias, recheadas de risadas.

Meu pai sempre foi meio travesso. Ele brincava de luta comigo e com as minhas irmãs, nós sofríamos e ríamos, ao mesmo tempo, daquela guerra de chutes e golpes. Na cozinha, o seu melhor prato era costelada, até hoje não tem como tomar um caldo e não lembrar dele. E as broncas… Meu Deus! Meu pai nunca me bateu de verdade, mas, às poucas vezes que me chamou atenção, fez o meu rosto queimar de vergonha.

Porém, a maior lembrança que eu tenho do Dr. Gilmar Alves é na música. Sempre que o tempo sobrava, ele sentava no sofá da sala com o seu violão. As filhas aproveitava para fugir das obrigações e se sentavam ao seu lado. Ele não importava com a escapulida, apesar da minha mãe ficar zangada, incentiva a cantoria. Cantávamos na maior alegria, porque tínhamos fugido das vasilhas e aproveitávamos a sua presença. Era uma farra boa viu.

Tempos remotos

O repertório eram as músicas que estavam nas revistas cifradas que ele comprava, além de umas apostilas de xérox. Geralmente do Leandro e Leonardo; Chitãozinho e Xororó; Rionegro e Solimões. Eu e as minhas irmãs brigávamos, escolhendo as músicas que ele ia tocar. Disputávamos sua atenção, se ele atendesse o pedido de uma e deixava o da outra de lado, já era motivo para emburrar.

Mas essa ciumeira logo passava, pois queríamos era nos divertir. Morríamos de rir quando cantávamos “Galopeira”, gritávamos tanto, até ninguém suportar a ouvir a própria voz. Meu pai ficava até vermelho. Porém, havia outros momentos em que o ar sombrio tomava conta, cantávamos músicas de reflexão como “Caminhando e Cantando” que nos levava a ruminar sobre a ditadura.

Encerrávamos à noite, com “Chico Mineiro” do Tonico e Tinoco. Meu pai sofria ao cantarolar essa moda, pois compartilhava da dor da letra. Eu não gostava da música, é que naquela época eu era menina, e não sabia das dores que o mundo causava. Questionava silenciosamente, que composição miserável. Desse jeito terminávamos à noite, gratas pelas notas que o violão produzia e pelo pai que tínhamos.

Atualmente

Hoje são poucas às vezes que nos encontramos para ouvirmos as modas do meu pai. Cada um foi para o seu canto, com filhos, casamento, trabalho, etc. Mas, não há como esquecer das músicas que ele tocava e que tocavam o nosso coração. Mesmo as que ele não interpretava, reforçam nosso relacionamento.

Não sei você, mas não consigo ouvir a música “Pai” do Fábio Jr. sem não ter vontade de chorar. É que meu pai também é “Meu herói, Meu bandido”. Ou “Onze Vidas” do Lucas Lucco e querer correr para ele e entregar-lhe as onze vidas, ainda que eu tenha só uma. Pai eu cantava, entretanto não compreendia, o que o Renato Russo dizia. Agora, eu já sei! Portanto, me perdoa, “por culpar você por tudo, realmente isso é um absurdo”. Você é uma criança e eu me tornei igual a você.

 

Então esse é o meu post dos Dias do Pais, confesso que deu Trabalho, mas foi feito com carinho. E me conta qual música te lembra o seu pai?

Até o próximo texto.

Beijos e obrigada por acompanharem o Blog.

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